O final de semana foi tenso para os moradores do Jardim Esperança e bairros adjacentes que precisaram de atendimento médico no Hospital Otime Cardoso dos Santos. Isso porque 14 médicos foram demitidos, segundo texto divulgado pelo prefeito Alair Corrêa, por não aceitaram o regime de plantões estabelecido pela secretaria de Saúde.
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Para o prefeito Alair Corrêa, o corporatismo dos médicos é uma "praga". Foram demitidos!, disse |
O assunto foi destaque no blog com informações da interrupção dos atendimentos na emergência do hospital, incluindo a pediatria, e da recuperação gradativa dos serviços com o deslocamento de médicos de outras unidades da rede. (Clique aqui e aqui para ler as postagens feitas no final de semana)
Para explicar o ocorrido, Alair Corrêa usou as redes sociais e classificou como “corporativismo” as práticas dos médicos que, segundo o prefeito, “resolveram rejeitar a (...) decisão de trabalhar como os demais médicos fazendo os quatro plantões por mês. Eles não apareceram no serviço, deixando o povo do grande Jardim Esperança sem médicos”.
Alair Corrêa, no entanto, ao reconhecer o tamanho do drama enfrentado pelos moradores, disse que “foi uma luta nesse sábado e domingo para conseguir alguns substitutos” e que, “mesmo não completando o quadro, que seria com 14 médicos, o secretário Carlos Ernesto, à frente de alguns dos seus colegas, resolveu parcialmente o enorme problema causado por eles, médicos que não se preocuparam nem um pouquinho com o povo do grande Jardim”.
O prefeito classificou a ação dos médicos como sendo “abominável”, acrescentando que “o governo, nesses casos, não se curvará e não perderá o controle e comando da Saúde e da cidade”.
Leia o texto na íntegra:
“CORPORATIVISMO, UMA PRAGA!
Estou como gestor da Saúde com a responsabilidade e a honrosa missão: a de melhorar a Saúde do Povo de Cabo Frio.
Começamos cortando os excessos, afastando os que dão prejuízos e moralizando a administração. Resolvemos que não abriremos mão desse propósito, pois nossa intenção é a de, em dois meses, concluir o trabalho e deixar o serviço de Saúde do nosso município como a melhor de todo o Estado do Rio de Janeiro. Por isso, ninguém poderá atrapalhar.
Esse projeto, como é o de cuidar da saúde de pessoas, tem a pura nobreza das mais importantes das missões. Está decidido que em dois meses esta missão estará concluída.
Faço esse relato porque resolvemos proibir que alguns médicos trabalhem apenas dois dias e recebam trinta, o que é um grande absurdo! Reconheço a importância do profissional médico, mas pagar a eles R$ 6.000 ou R$ 9.500 por apenas dois dias de trabalho é, no mínimo, um desrespeito aos demais funcionários da Prefeitura, que ganham menos e trabalham 30 dias.
Como alguns deles resolveram rejeitar a nossa decisão de trabalhar como os demais médicos, fazendo os quatro plantões por mês, eles não apareceram no serviço, deixando o povo do grande Jardim Esperança sem médicos.
Foi decidido, então, que como os outros médicos também trabalhassem quatro dias ou quatro plantões. Não aceitaram e não deram um prazo para contratarmos novos médicos .
Foi uma luta nesse sábado e domingo para conseguir alguns substitutos e, mesmo não completando o quadro, que seria com 14 médicos, o secretário Carlos Ernesto, à frente de alguns dos seus colegas, resolveu parcialmente o enorme problema causado por eles, médicos que não se preocuparam nem um pouquinho com o povo do grande Jardim. Abominável!
Bom, todos já foram demitidos e outros serão contratados. O governo, nesses casos, não se curvará e não perderá o controle e comando da Saúde e da cidade”.
ALAIR CORRÊA, prefeito.
Segundo Alair Corrêa, falta de médicos no Jardim Esperança é causada por ‘corporativismo’
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O povo tem o que merece. mas o povo cabofriense não tem o governo que merece!
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