Conta uma pequena história que certo dia um homem resolveu que ia ganhar na loteria. Ele saiu contando para todo mundo que ia ganhar na loteria e assim ele passou vários dias. Como ele não ganhava, resolveu fazer uma oração e pediu a Deus para que o ajudasse a ganhar na loteria. Então Deus respondeu: "Eu te ajudo, mas você tem que jogar!".
Essa história me lembra a situação política da minha cidade, minha terra amada Cabo Frio.
O município vive seu caos administrativo. E pelas ruas muitas pessoas rejeitam o atual modelo; e tantas outras rejeitam o modelo anterior. Outro tanto diz que todos são iguais e outros ainda dizem que temos que inovar, que a cidade precisa de uma grande mudança, como no caso do homem que disse que ia ganhar na loteria.
O que muitos não se dão conta é que não temos essa novidade, não temos um nome novo. Não houve a preocupação de preparar um nome novo com competência, credibilidade e carisma suficiente para conquistar a confiança e ganhar os votos dos nossos cidadãos. Nunca apostamos e agora queremos uma solução milagrosa para os problemas da nossa cidade.
Parece - e é! - pragmatismo: até que a cidade se empenhe em produzir sua novidade, teremos nas eleições as mesmas disputas antagônicas que agitam a cidade. As "novidades" que raramente surgem não emplacam, seus conteúdos são fracos e o que vemos é mais do mesmo. Digo isso em nível de Executivo municipal.
Mas isso não quer dizer que não podemos fazer nada. A mudança mais significativa que cada cidadão poderá promover enquanto eleitor é relativa à Câmara de Vereadores. É na Casa Legislativa que todos podem contribuir para uma renovação efetiva. E não dá mais para aceitar o velho jargão de que o povo tem memória curta, que o povo não é politizado, que o povo transforma urna em penico.
Eu acredito no nosso povo, na nossa sociedade. Acredito que todos entenderam as manobras que foram articuladas nos últimos seis meses e que resultaram na limitação ou redução de direitos sociais, no aumento da violência em todas as áreas da cidade, no desemprego e de todas as outras mazelas que nossa cidade vive hoje.
Entendo que hoje vivemos uma situação difícil e a perspectiva do copo preenchido pela metade não ajuda: copo meio cheio, copo quase vazio. O que ajuda é compreender que se não promovermos as mudanças necessárias, viveremos eternamente de perspectivas. A escolha é sua, o voto é seu. Quem faz a diferença é você! Aposte!
SILVANA BRAGA, cidadã e professora de História.
SILVANA BRAGA | Não se pode conviver com a ideia da transformação da urna em penico
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Em Cabo Frio "transformaram" urna em chapéu de mendigo há muito tempo . Ou seja, são chegados a esmola.
ResponderExcluirEnxergar novas lideranças políticas na cidade está mais complicadodo que enxergar uma moeda mo fundo da Baía de Guanabara.
Os " novos " estão surgindo com os mesmos " "vícios ". Todos pensando no mesmo terreno pantanoso.